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O contador do futuro: o parceiro que estará ao lado dos gestores na nova era tributária em 2026

  • Patrick Pelucio
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

Por Patrick de Pelucio


O contador do futuro: o parceiro que estará ao lado dos gestores em 2026

O risco de manter um contador apenas “operacional”


O Brasil está a menos de 60 dias de viver a maior transformação tributária desde a Constituição de 1988. A chegada do IBS e da CBS, prevista para 2026, não é apenas uma mudança de alíquota — é uma mudança de mentalidade.


E o ponto mais sensível dessa transição está em um profissional que muitos gestores ainda subestimam: o contador.


Por décadas, o contador foi visto como o responsável por “entregar obrigações acessórias”, emitir guias e manter o compliance em dia.


Mas esse perfil não basta mais. A partir de 2026, o contador que apenas cumpre prazos pode se tornar o elo mais fraco da gestão financeira.



Do compliance à inteligência tributária


O novo sistema de tributos sobre o consumo (IBS/CBS) vai exigir reconstrução de processos, revisão de contratos e reconfiguração de sistemas de ERP.


Empresas que tratarem a reforma como uma mera “mudança de imposto” correm o risco de:


  • Apurar créditos de forma incorreta;

  • Comprometer margens por erros de parametrização;

  • Perder competitividade frente a concorrentes mais bem orientados.


Por isso, o contador do futuro é, antes de tudo, um estrategista tributário e financeiro, capaz de traduzir números em decisões de negócio. Ele precisa entender planejamento societário, análise de fluxo de caixa tributário, taxa efetiva de tributação (ETR) e integração contábil-financeira — tudo o que impacta diretamente o resultado.



O que avaliar antes de 2026


Se o seu contador ainda não chamou você para discutir os impactos da reforma, o alerta deve acender.


A escolha (ou troca) do parceiro contábil certo deve considerar três dimensões fundamentais:


  1. Inteligência Técnica:O contador precisa dominar não apenas as normas fiscais, mas entender como as decisões tributárias afetam a governança, o valuation e a performance financeira da empresa.Pergunte: meu contador sabe me explicar a diferença entre o regime cumulativo e o não cumulativo do IBS/CBS aplicado ao meu setor?

  2. Mentalidade de Gestão:Contadores do futuro pensam como CFOs. São profissionais que projetam cenários, mensuram riscos e simulam impactos fiscais antes de qualquer decisão corporativa.O contador ideal não é o que “informa o que já aconteceu”, e sim o que antevê o que pode acontecer.

  3. Tecnologia e Integração:A transição tributária exigirá integração de dados contábeis, fiscais e financeiros em tempo real.Seu parceiro precisa ter sistemas integrados, dashboards de performance e capacidade de interpretar dados além do SPED — pois o novo modelo premiará quem souber transformar compliance em inteligência de negócios.



O contador como aliado estratégico do CFO


Nos próximos anos, o contador será um dos principais conselheiros técnicos do CFO. Sua função deixará de ser reativa e passará a ser consultiva e preditiva, influenciando:


  • O planejamento de investimentos (considerando créditos tributários e incentivos regionais);

  • A estratégia de preços e margens (com base no novo sistema de créditos do IBS/CBS);

  • A estrutura societária e sucessória (em função da nova tributação sobre lucros e dividendos).


O contador do futuro será, portanto, parte do board estratégico, e não apenas do departamento contábil.Empresas que compreenderem isso antes de 2026 terão vantagem competitiva — as que demorarem, pagarão o preço da inércia.



Conclusão: o tempo da troca é agora


O ano de 2025 termina com um recado claro:a contabilidade do passado não cabe mais no Brasil do futuro.


Antes de 2026, revisite sua estrutura, questione seu contador e pergunte:

“Você está pronto para conduzir minha empresa pela transição tributária, ou apenas vai me avisar quando os impostos mudarem?”

Se a resposta não vier acompanhada de planejamento, cenários e estratégias, talvez seja hora de trocar.


O futuro da sua empresa depende disso.E, neste caso, quem se antecipa não só paga menos imposto — governa melhor.



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