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Reforma Tributária: o Senado avança — mas a sua empresa está realmente preparada?

  • Patrick Pelucio
  • 28 de out.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 7 de nov.


Reforma Tributária: o Senado avança — mas a sua empresa está realmente preparada?

O Senado Federal aprovou, no fim de setembro de 2025, a nova etapa de regulamentação da Reforma Tributária, incluindo o PLP 108/2024, que cria o Comitê Gestor do IBS — órgão que vai centralizar a arrecadação e a distribuição do novo imposto sobre bens e serviços. O texto, com alterações importantes, voltou à Câmara para ajustes finais, e a expectativa é que o novo modelo (IBS/CBS) entre em vigor já no início de 2026.


Essa transição — que muda a forma de recolher, apurar e controlar tributos sobre consumo — exige revisão profunda de processos, contratos e sistemas.

Mas aqui vai a pergunta central:


Seu contador já te chamou para uma reunião sobre isso?


Se não chamou, talvez ele não esteja enxergando o tamanho da mudança que está vindo — e isso pode custar caro para sua operação.


O que está mudando de fato


  • Comitê Gestor do IBS: nova autoridade que vai arrecadar e distribuir o imposto entre estados e municípios.

  • Split payment: o imposto será recolhido diretamente na transação, alterando o fluxo de caixa das empresas.

  • Nota Fiscal Eletrônica (NF-e): passará a incluir campos obrigatórios de IBS/CBS, com validações automáticas já em 2026.

  • Contencioso e governança: criação de instâncias nacionais para uniformizar interpretações — e reduzir a guerra fiscal.


Resumo: a partir de janeiro de 2026, sua empresa precisará emitir notas e processar operações sob um novo modelo tributário, ainda em fase de testes.



O risco invisível: achar que “o contador vai resolver”


A maioria dos executivos fora da área fiscal tende a acreditar que “a contabilidade vai cuidar disso”.Mas aqui está o problema: essa reforma não é contábil — é estrutural. Ela afeta diretamente custos, margens, fluxo de caixa e precificação.


Se o seu contador não te procurou este ano para mapear impactos e redesenhar o modelo de negócios, ele já está atrasado.


Algumas perguntas que todo CFO deveria fazer hoje:


  • Seu contador apresentou um plano de transição para IBS/CBS?

  • testes em ambiente de homologação das novas NF-es?

  • Você sabe qual será o impacto no seu fluxo de caixa com o split payment?

  • Seu ERP está preparado para os novos campos fiscais e cálculos automáticos?

  • E mais importante: quem está controlando o cronograma de adaptação?


Se a resposta for “não sei” ou “ele ainda não falou nada sobre isso”, você tem um risco de compliance e de caixa prestes a explodir.



O papel do Gestor (e o que você deveria fazer agora)


Executivos financeiros que se anteciparem vão transformar a reforma em vantagem competitiva.Os que esperarem o contador “ajustar sozinho” correm o risco de perder controle do caixa, pagar tributos indevidos e travar operações.


Prioridades imediatas (60–90 dias):


  1. Convoque uma reunião executiva com sua contabilidade e TI para revisar o cronograma de transição.

  2. Exija um relatório de impacto fiscal e operacional com simulações de IBS/CBS sobre suas principais receitas e contratos.

  3. Peça testes práticos de emissão de NF-e com os novos campos (IBS/CBS).

  4. Solicite um plano de comunicação interna — times de vendas, compras e faturamento precisam entender a mudança.

  5. Avalie a maturidade técnica do seu contador: ele entende o split payment, o Comitê Gestor e as novas regras de crédito?


Se ele não souber explicar de forma clara e estratégica, você não tem um parceiro tributário — tem apenas um despachante fiscal.



A nova contabilidade: de custo a parceiro estratégico

A reforma tributária inaugura uma nova era em que contabilidade e estratégia caminham juntas.O contador do futuro não é quem entrega obrigações — é quem ajuda a desenhar cenários, reduzir riscos e aumentar margens.

Empresas que tratam o contador como fornecedor terão dor de cabeça. As que o tratam como sócio estratégico — ou buscam parceiros realmente especializados — sairão na frente.



Conclusão: o verdadeiro custo da inércia


O Brasil está a dois meses de entrar no maior redesenho tributário das últimas décadas.Ignorar essa transição é como dirigir com os olhos vendados — cedo ou tarde, algo vai colidir.


Portanto, pergunte-se:


“Se o meu contador não me procurou até agora para falar sobre a reforma tributária, o que me garante que ele vai estar pronto quando ela começar?”

A resposta para essa pergunta pode definir o futuro financeiro da sua empresa em 2026.



Por Patrick de Pelucio




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